Ouvi-lo falar foi contagiante. Ele falava com calor na
voz, com convicção em cada palavra e com um toque de paternalismo, ouso dizer.
Era notável, quase palpável, a ligação entre ele e a
profissão que escolheu. O significado de ser professor para ele é aprendizagem
mais do que ensinamento. “A única coisa que permanece é a mudança”, concluiu e
acredito que, por dizer isso, ele não se engana a ponto de considerá-la perfeita,
mas ainda assim contagiou quem ouviu.
Ele, de fato, ama aquilo que faz.
Hoje quis descrever o que senti em reação às suas
palavras e não sei se o faço com precisão, mas digo uma coisa: encontrei, em
meus 23 anos de vida e diversas escolas, poucos que fossem capazes dessa mágica
de inquietar-me, comover-me e contagiar-me tão intensamente de forma que me
fizessem pensar o sentido da vida, meu propósito e minhas convicções.
Esse professor foi um desses poucos e posso indicá-los
todos, se quiserem, porque sem dúvida são inesquecíveis. Ensinaram-me mais do
que as matérias que lecionavam, ensinaram muito mais do que imaginam porque
entenderam que podem contribuir com algo além de conceitos, fizeram-me pensar,
ajudaram-me a sonhar e batalhar pelo meu futuro.
São esses mágicos da arte de ensinar, inspirar, emocionar
e construir o futuro, não só meu, mas de toda uma sociedade, que me inspiram,
eles marcam nossa trajetória de forma tão intensa que serão lembrados a cada
obstáculo vencido. Para eles tiro o chapéu e me rendo a sua importância.
Pois o mundo precisa dessa paixão.
Parabéns a todos os professores!